terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

HPV

Apareceu algo estranho na glande do rei. Algo como um caroço, um pequenino tumor. O urologista real foi chamado e, em segundos, deu o diagnóstico:
-Não é nada grave, Majestade. É um simples HPV. Desaparecerá com algumas compressas de água morna. Mas cuide bem, Majestade! Estas coisas simples podem se transformar em doenças malignas...
Um enfermeiro palaciano foi encarregado de fazer tais compressas. O rapaz, ao saber que veria e tocaria parte tão íntima do rei, ficou apreensivo, mas foi cumprir o seu dever. Após ajudar a majestade a tirar tanta roupa suntuosa de cima do minúsculo pênis real, ele não conseguiu conter o riso. “Tem menos da metade do tamanho do meu”, pensou e, involuntariamente, já gargalhava, como se a anatomia respeitasse títulos de nobreza. O rei, furioso com tal audácia, imediatamente ordenou:
-Soldados!  Cortem-lhe a cabeça! Agora!
O capitão tentou contemporizar:
-Majestade! Não estás sendo cruel por demais?
-Não, não estou! Cortem-lhe a cabeça! Do pênis! Aliás, cortem-lhe o pênis inteiro!
A ordem foi cumprida. O enfermeiro, envergonhado, suicidou-se. E o caroço da glande do rei, esquecido propositalmente por ele mesmo, cresceu absurdamente e tornou-se um maligno câncer. O pênis real teve que ser amputado. No mesmo dia, o urologista real foi condenado à morte.

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