sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

VOLTA

O lábaro que ostentas pode estar rasgado. Cuidado! Vai com fé, mas vai com calma! Sem sede ao pote, sem cuspir no prato em que comeste, sem ferir com ferro quem será ferido de qualquer maneira. Sem pleonasmos, mas com convicção. Vai! E volta sorridente, por favor. Com liberdade. Com amor, com carinho. Com açúcar, com afeto. Com vontade de união, apesar de todos os olhos apontarem solidão. Com o teu pão de cada dia, com o teu ganha-pão. Com o teu cotidiano de aventuras, com tuas aventuras cotidianas. Com tua reza, amém! Com teu ser e teu não ter. Com teus badulaques, com tuas coisinhas, com teus apetrechos. Com tuas manhas, tuas artimanhas. Com tudo de teu. Com teu coração quase ateu. Vai! E volta com um grito abrindo caminho, abrindo caminhos, rompendo fronteiras, derrubando barreiras. Volta manso e imenso, volta menos cansado, volta ainda mais ousado. Volta como quiseres voltar, mas volta!

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